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Turismo Acessível: Desafios para Turistas PcD
Você sabia que o turismo acessível também faz parte do turismo sustentável, e não é exclusivo para quem tem algum tipo de deficiência? Acessibilidade é um conjunto de medidas que possibilita acessar um lugar, serviço, produto ou informação de maneira segura e autônoma, sem nenhum tipo de barreira, beneficiando a todas as pessoas, com ou sem deficiência, em todas as fases da vida.
Esta é uma discussão relativamente nova no Brasil, e ainda tem muito a crescer. Abordaremos sobre a acessibilidade no turismo e como podemos contribuir para a inclusão social nas viagens. Para todos os produtos turísticos oferecidos, como transportes, passeios e hospedagem. Isto é primordial para a mobilidade e autonomia de todos. Saiba mais sobre o Turismo Acessível.
Turismo acessível: o que é
A ideia de turismo acessível abrange melhorias de acessibilidade, para que todos possam usufruir das atrações turísticas, facilitando o acesso a lugares abertos e fechados.
Em relação à administração pública, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define os preceitos e diretrizes a serem seguidas para a adequação de pontos como museus, parques e monumentos.
Lembrando que quando se fala em acessibilidade, estão incluídos aí não somente pessoas com deficiência, mas também pessoas com idade avançada, grávidas no final da gestação, convalescentes, pessoas com gesso, enfim, todos que precisam de mais suporte para a locomoção e acesso.
Algumas das prioridades para melhorar a acessibilidade são a redução dos desníveis nas entradas e a disponibilidade de elevadores e rampas. Carpetes em ambientes internos e pisos de pedra irregulares em áreas externas são igualmente considerados elementos que prejudicam a mobilidade das PcD. O acesso a banheiros, colocação de barras de apoio nos mesmos e a distribuição dos móveis nos apartamentos também devem ser considerados, para facilitar ao máximo o conforto e a locomoção do hóspede, assim como dispor roupas de cama adicionais e toalhas de maneira que sejam intuitivamente encontradas.
Por fim, é importante lembrar que o treinamento correto da equipe é fundamental. Pelo menos um membro do staff precisa, por exemplo, saber se comunicar em Libras para quando necessário. Para atender pessoas com deficiência intelectual, mais importante que a acessibilidade física é o treinamento da equipe para ter sempre atitudes inclusivas.
Capacitação dos envolvidos no turismo adaptado
É claro que cada tipo de deficiência tem sua necessidade específica, por isso é necessário ser maleável e ajustável a cada circunstância, seja na esfera urbana ou em meio à natureza.
Se pensarmos com cuidado em como a pessoa com deficiência irá transitar pelos lugares, já temos meio caminho andado para transpor a maioria dos obstáculos.
O desafio maior, no entanto, em relação à acessibilidade no turismo não está somente na questão puramente física, mas também na qualificação dos comprometidos com o turismo adaptado.
É importante que tenhamos pessoas bem treinadas em atitudes inclusivas e capacitadas o suficiente para atender com eficiência a diversidade de pessoas que se apresentam para curtir as atrações do local.
O planejamento de uma viagem acessível deve ser feito lado a lado com o planejamento costumeiro, com a diferença que deve-se dar atenção especial ao transporte e às atrações turísticas em relação à acessibilidade. O portal Guia de Rodas, por exemplo, oferece muita informação sobre acessibilidade de locais
Existem opções de transportes acessíveis e até gratuitos para pessoas com deficiência, bem como atrações turísticas inclusivas.Enfim, planejamento nos mínimos detalhes pode evitar muitos contratempos.
Quanto mais informação se tiver sobre o destino a ser visitado, melhor será. Sites oficiais podem ser fontes de informações seguras e bastante úteis
Sobre o Programa Turismo acessível
Basicamente, o Programa Turismo Acessível visa transformar o Brasil em um país onde todos possam viajar.
Ele é constituído de um conjunto de ações para auxiliar na inclusão social e no acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida ao turismo, permitindo o uso de serviços, prédios e apetrechos turísticos com segurança e independência.
Perguntas frequentes
Quem é considerado pessoa com deficiência?
Pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruída sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.
Qual a diferença entre os termos PcD e PNE?
As expressões “portador de deficiência” e “portador de necessidades especiais (PNE)” caíram em desuso. O certo é usar apenas “pessoa com deficiência” ou PcD, sua forma abreviada.
O que significa a sigla PcD?
A sigla PcD é a abreviação de “pessoa com deficiência”. Reconhece as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, podendo ser de nascimento ou contraída durante a vida.
Sua utilização teve início em 2006, quando a ONU (Organização das Nações Unidas) publicou a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
Antes era comum as pessoas usarem a expressão “portador de deficiência”, que hoje não é mais considerada adequada, pois destaca mais a deficiência do que a condição humana.
Conclusão
A inclusão e a acessibilidade são boas para todos. Permitem que a diversidade funcional, e as modificações de mobilidade que podem acontecer ao longo da vida não limitem o pleno usufruir da vida e dos direitos de todos os cidadãos. O turismo é um aspecto muito importante do bem estar das pessoas, e temos uma caminhada que esperamos seja cada vez mais decidida e rápida, em direção a um turismo acessível de verdade no Brasil.
Se cada um fizer a sua parte, podemos construir, mesmo que devagar, um mundo mais humano, inclusivo e acessível.
A Broder atua intensamente no turismo receptivo para pessoas com deficiência, pessoas idosas e quem mais precisar, aqui em Curitiba, em parceria com as empresas de turismo que compartilham de nossos valores.
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