Você por acaso também já sentiu alguma dificuldade em usar recursos digitais? Ou acha bem desafiador apresentar tecnologia para pessoas idosas? Que tal praticarmos uma nova alternativa: contar com as novas gerações nesse processo de aprendizado?
Sim, existem muitos jovens adultos com paciência e boa vontade para explicar como se mexe em celulares, computadores, aplicativos, entre outros aparelhos e mídias.
Nos dias atuais, em meio a tanta correria, os mais novos, cheios de conhecimento sobre as novidades da tecnologia muitas vezes sentem falta de serem aconselhados pelas vozes da experiência e da sabedoria.
E esse mundo cheio de cobranças e de opções tecnológicas têm afastado, por vezes, os jovens de dialogarem com os seus familiares com mais experiência.
Parceria intergeracional
Então, aí está uma grande oportunidade de troca de conhecimento entre as gerações. Enquanto os que têm mais experiência podem aconselhar os mais novos sobre suas escolhas, relacionamentos e objetivos de vida, o mais novos podem ajudar a apresentar a tecnologia para pessoas idosas.
Essa é a mentoria que os jovens podem oferecer a você ou às pessoas 60+ em sua família.
Tecnologia para pessoas idosas: passo a passo
E, na prática, essa tutoria sobre tecnologias, isto é, esse tempo integral dedicado a explicar a mexer com dispositivos e aplicativos básicos, funciona muito bem quando as seguintes dicas são seguidas. Confira agora!
Torne natural o aprendizado
As pessoas idosas de nossa família muitas vezes sentem medo de errar, frustradas ou constrangidas por ter um ritmo de aprendizado um pouco mais lento sobre essa área. Em alguns casos, é possível também que haja um certo receio de fazer com que o seu “tutor” se sinta impaciente.
Se por acaso você já sentiu algo parecido com isso, mantenha a calma: é totalmente natural. Ninguém é obrigado a aprender com rapidez uma lógica totalmente nova se comparada a maior parte do tempo que viveu.
Levando isso para a realidade do uso de tecnologias, é totalmente compreensível o porque de alguns de seus bloqueios para aprender com facilidade: pode haver um grande medo de errar!
Para os jovens que já cresceram inseridos neste mundo relativamente mais receptivo a falhas, não há um receio tão forte em acessar uma função indesejável ou uma função sem querer. Por mais que possa parecer óbvio, a intuição deles simplesmente diz que é possível s voltar e tentar de novo, não é mesmo?
Nesse sentido, incentive com regularidade que a possibilidade do erro é perfeitamente natural no uso de tecnologias e que está tudo bem.
Só em casos muito específicos que os erros são graves, como passar os dados bancários para um desconhecido. Por isso, é importante criar pequenos protocolos de segurança sobre o que realmente não pode ser feito e até onde está permitido se equivocar.
Provavelmente, será necessário resgatar isso em alguns momentos, mas em um certo momento isso será internalizado para dentro de si ou de seu familiar sênior.
Divida o ensinamento em pequenas partes
Quando você estiver passando pelo processo de ensino-aprendizado, mesmo que seja uma lição de celular para a pessoa idosa, ao invés de ir diretamente para o grande ensinamento (por exemplo: fazer um pedido de entrega de remédio pelo aplicativo), é bem útil dividir os ensinamentos em partes menores.
Com uma lição por vez, é mais fácil assimilar as informações e o quanto uma nova tecnologia pode parecer complexa para alguém que nasceu em uma época totalmente diferente se torna cada vez mais desmistificada.
Pode ser que seja mais interessante começar as lições por funcionalidades básicas do aparelho celular. O que tem na primeira tela, por exemplo. Se for necessário, volte até ao mais básico, mostrando onde olha para ver se a internet está funcionando.
Depois, há a possibilidade de aprender sobre algum aplicativo de mensagens e videochamadas. Como mandar áudio e escrever as mensagens. O ideal é que seja ensinado e permitir que o ‘aprendiz’ vá adquirindo confiança e autonomia em seu ritmo.
Quando for observado que já pode aprender outra etapa como baixar um novo aplicativo, por exemplo, as próximas etapas serão realizadas com um pouco mais de segurança.
Aliás, essa é a expectativa que você deve criar em si. Não almeje que sejam assimiladas muitas coisas de uma só vez e comemore os simples e pequenos aprendizados. Isso vai estimular a continuar essa jornada com mais otimismo.
Assim, será possível que aquela sua dúvida ou de seu familiar 60+ sobre como mexer no celular seja sanada, merecendo uma celebração mesmo que simbólica!
Como os mais jovens também saem ganhando ao ensinar tecnologias para pessoas idosas?
Além dos mais experientes se sentirem mais valorizados por aprenderem coisas novas, é importante lembrar que os mais novos estão com muitas vantagens nesse processo de aprendizado também.
Uma delas é o exercício da paciência. Ensinar vem muito disso, em se dispor a fazer com que algo se torne fácil ao entendimento do outro. Entretanto, às vezes o que é simples para nós, não é tanto para quem vem de uma realidade diferente da nossa ou de alguma geração anterior.
E essa paciência em ensinar, com certeza, vai se refletir na paciência com mais áreas de suas vidas. Vai ser um exercício muito benéfico.
Um outro grande valor que os jovens vão adquirir com essa atividade de mentoria tecnológica é o propósito de ajudar o próximo. Esse grande valor da empatia é tão necessário nos dias atuais para que a sociedade melhore e se torne mais fraterna.
E quanto mais os jovens se revestirem desses valores, mais o mundo tem potencial de melhorar também.
E você? Enxerga mais vantagens nesse processo de troca de gerações? Gostou das grandes vantagens em ensinar tecnologias para pessoas idosas? Conte para mim aqui embaixo nos comentários.
Te vejo na próxima matéria!